segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Os caminhos de luta dos camelôs

LIBERDADE DE EXPRESSÃO


Desde a notificação feita pela prefeitura de Belém em 14/10/09, que determinava a retirada imediata dos equipamentos (barracas) do perímetro entre a Rua Conselheiro Furtado e a Trav. Manoel Barata, os Trabalhadores Informais - camelôs têm vivido um drama terrorista.
Mediante este fato, os representantes das entidades dos trabalhadores do mercado informal – Sindicato e Associação – procuraram, no mesmo dia, a secretária de Urbanismo (Seurb) para melhores informações. Ao chegarem, não foram recebidos por ninguém. Porém, um assessor que se encontrava no local, marcou uma possível hora para o outro dia seguinte. Os representantes acompanhados de boa parte dos trabalhadores chegaram bem cedo na esperança de falarem com o secretário – Sérgio Pimentel – o que não seria possível, segundo a informação da sua chefa de gabinete.
Entretanto, o diretor Marcos Alvarez (Marcão) recebeu os representantes das entidades, informando que a notificação era uma “ação preventiva” para respaldo da Prefeitura, uma vez que estavam esperando chegar uma determinação judicial, resultado de um processo provocado pelo Complexo Shopping Iguatemy, identificado pelo Nº 2008. 1.108046-1 na 3º Vara da Fazenda da Capital. Vale ressaltar que este diretor fez questão de dizer: “... estamos fazendo isso para depois os camelôs não falarem que a prefeitura não avisou... e não pense vocês que eu terei medo de entrar na área e limpar todas as barracas... Vou virar o ‘HULCK’...”



Munidos dessa informação, os representantes e os trabalhadores se encaminharam para a câmara Municipal de Belém, onde foram recebidos pelos vereadores os quais ouviram os representantes (Ray, Raulino e Rubens) que se prontificaram a interceder a favor. O vereador e ex-comandante da Guarda Municipal, Pio Netto, anunciou uma noticia nova: “... Liguei para o secretário Sérgio Pimentel e ele garante oito dias para os trabalhadores buscarem uma solução na esfera judicial...”. O fato é que não existe nenhuma movimentação no processo desde 31/07/09, quando a Juíza Titular – RISOLEIDI MARIA COSTA CUNHA - enviou um documento perguntando se o provocador do processo, Complexo Shopping Iguatemy, ainda tinha interesse em continuar o processo administrativo. Este, até o presente momento nada tinha respondido.
Os representantes e a categoria, municiados desta informação, retornaram a casa do Legislativo Municipal no dia 20/10/09, desta vez, as entidades foram recebidas pelo seu presidente, Walter Arbarge, junto aos demais vereadores da primeira reunião, os quais formam o campo de oposição a atual gestão de Duciomar dentro da Câmara. Ele escutou dos ambulantes a razão pela qual estavam ali, e se predispôs a interceder junto ao seu “... amigo, Prefeito de Belém, Duciomar Costa...” a favor da causa, apesar de não depender dele (Walter Arbarge) a última palavra, falou que iria se empenhar para conseguir o sucesso do impasse e afirmou que até as 12:00 horas da quinta-feira (22/10/09), faria contato com as lideranças da categoria para que fossem comunicadas da posição do Prefeito.
No dia 21/10/09 as 08h30mim, os trabalhadores foram chamados na Casa do Povo, no gabinete do presidente Walter Arbarge, onde receberam a informação que o prefeito Duciomar Costa tinha compreendido e aceitado os argumentos dos trabalhadores apresentados pelo vereador “intercessor”. Os argumentos foram são:
1. A ausência de uma liminar ou ordem judicial que determine a retirada dos ambulantes das vias públicas deixa sobre a responsabilidade única da prefeitura a decisão, uma vez que o executivo por meio da SECON é administradora desta questão;
2. A proposição de “PAZ” entre os Camelôs e a Prefeitura, ou seja, não haverá manifestações que cause transtorno para a população, assim como, concordamos em sair das calçadas em razão do desenvolvimento urbano e, principalmente, para beneficiar a população desta capital - transeuntes;
3. A importância do trabalho como meio de sobrevivência e alternativa de geração de renda e sustentabilidade familiar no que concerne a condições básicas de subsistência e DIGNIDADE DO CIDADÃO;
4. A construção de uma ilha de empreendedorismo em frente a Pátio Belém, com a desapropriação de dois casarões, dando condições de trabalho, venda e comércio;
5. A participação dos trabalhadores na elaboração do projeto de infra-estrutura e atrativos para as ilhas de empreendedorismo.
Contudo, o Prefeito de Belém até que tem a boa vontade de não retirar os trabalhadores das vias publicas, antes de construir espaços para alocá-los, no entanto, ele é cobrado pelos seus apoiadores e colaboradores de campanha... Neste sentido, os “CAMELÔS” esperam ansiosos o desfecho da guerra de Titãs entre empresários lojistas e pretensões políticas de DUDU. Sabemos que a qualquer momento pode ter uma sentença judicial determinado a retirada dos trabalhadores informais, ficando clara a força das elites paraenses nas esferas Executiva e Judiciária, para conseguir implementar suas vontades no contra quem se opõem “doa a quem doer”. Vamos esperar para ver aonde vai chegar os caprichos desta elite abrupta.

Ass. RUBENS CAMELÔ

sábado, 17 de outubro de 2009

Brasil é líder no combate à fome entre emergentes, diz ONG

Retirado do site da BBC
O Brasil é líder no combate à fome entre os países em desenvolvimento, de acordo com um ranking elaborado pela ONG antipobreza Action Aid e publicado nesta sexta-feira para marcar o Dia Mundial da Alimentação.

Segundo o documento, o país demonstra “o que pode ser atingido quando o Estado tem recursos e boa vontade para combater a fome”.

A lista foi elaborada a partir de pesquisas sobre as políticas sociais contra a fome em governos de 50 países. A partir da análise, a ONG preparou dois rankings – um com os países em desenvolvimento, onde o Brasil aparece em 1º lugar, e o outro com os países desenvolvidos, liderado por Luxemburgo.

Em último lugar na lista dos desenvolvidos está a Nova Zelândia, abaixo dos Estados Unidos. Entre os países em desenvolvimento, a República Democrática do Congo e Burundi aparecem nas últimas colocações.

Segundo a diretora de políticas da Action Aid, Anne Jellema, “é o papel do Estado e não o nível de riqueza que determina o progresso em relação à fome”.
Brasil
O documento elogia os esforços do governo brasileiro em adotar programas sociais para lidar com o problema da fome no país e destaca os programas Bolsa Família e Fome Zero.

“O Fome Zero lançou um pacote impressionante de políticas para lidar com a fome – incluindo transferências de dinheiro, bancos de alimentação e cozinhas comunitárias. O projeto atingiu mais de 44 milhões de brasileiros famintos”, diz o texto.

Segundo o relatório, o programa ainda ajudou a reduzir a subnutrição infantil em 73%.

A ONG afirma ainda que o Brasil é “exemplar” no exercício do direito ao alimento e cita a Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (Losan 2006) e o Ministério do Combate à Fome como medidas de que exemplificam que o direito à alimentação está sendo cada vez mais reconhecido como direito fundamental.

Apesar do aspecto positivo, a ONG afirma que o Brasil “ainda tem áreas em que pode melhorar” e cita o desafio de incluir os trabalhadores sem terra e pequenos agricultores nos programas sociais de alimentação.

“É imperativo que famílias em pequenas fazendas também estejam protegidas da expansão dos enormes programas industriais de biocombustíveis do Brasil”, afirma o relatório.
Índia
Em segundo lugar no ranking dos países em desenvolvimento aparece a China, seguida por Gana (3º) e Vietnã (4º).

A Action Aid destaca a redução no número de famintos na China – 58 milhões em dez anos – e elogia os esforços do governo em apoiar os pequenos agricultores.

Em contrapartida, o documento critica a Índia onde, segundo o relatório, 30 milhões de pessoas teriam entrado para a taxa dos famintos desde a metade dos anos 90.

Além disso, a ONG destaca que 46% das crianças estão abaixo do peso e subnutridas no país.
“A fome existe não porque não há alimento suficiente na Índia, mas porque as pessoas não conseguem chegar até ele. O governo indiano enfrenta um enorme desafio para proteger os direitos dos pobres”, diz o texto.

Ricos
Não só os esforços e as políticas dos governos de países em desenvolvimento e mais pobres são criticados no documento divulgado nesta sexta-feira.

No ranking dos países desenvolvidos, atrás de Luxemburgo está a Finlândia (2º) e a Irlanda (3º), com a Nova Zelândia(22º) e os Estados Unidos (21º) nas últimas colocações.

A ONG acusa o governo neozelandês de ordenar cortes acentuados no incentivo oficial à agricultura e classifica o incentivo do governo americano à agricultura como “mesquinho”.

“A contribuição (desses países) para expandir programas de segurança social permanece insignificante”, diz o documento, agregando Grécia, Portugal e Itália.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Vitória! Meia passagem intermunicipal será realidade!

Nessa quarta-feira (14), a Assembleia Legislativa do Pará aprovou a meia passagem intermunicipal, sonho de muitos estudantes paraenses. Sabe-se que serão beneficiados diretamente mais de 100 mil estudantes, uma verdadeira vitória e, mais do que isso, uma possibilidade maior da permanência do jovem na universidade. Depois de uma árdua e dura luta, a juventude conseguiu esse benefício.

Governo do Estado fecha acordos na China

Odair Corrêa (PSB), Vice-governador do Pará, viajou para a China e por lá assinouacordo de cooperação e intercâmbio com a província de Sichuan em áreas como cultura, esporte e transferência de tecnologia. Hoje o Pará tem como principal parceiro comercial a China na frente inclusive de Estados Unidos e Japão. A China tem interesse em carne frutas e produtos da madeira, além de toda a biodiversidade da região.

Brasil consegue cadeira no Conselho de Segurança da ONU

Pela 10ª vez, Brasil ocupará vaga no Conselho de Segurança da ONU

http://www.pt.org.br/

A Assembleia Geral da ONU elegeu nesta quinta-feira (15) o Brasil para que ocupe durante o biênio 2010-2011 uma das duas vagas não-permanentes no Conselho de Segurança das Nações Unidas (CS) reservados à América Latina e ao Caribe.

O Brasil contou com 182 votos de um total de 183 países votantes. Foram também eleitos para o mesmo mandato 2010-2011 a Bósnia e Herzegovina, o Gabão, o Líbano e a Nigéria.
Após sua última passagem em 2004-2005, esta é décima vez em que o Brasil fará parte do principal órgão da ONU, no qual acumula 18 anos de experiência.

O fato de não ter havido concorrência no grupo latino-americano e caribenho, o que já aconteceu quando da escolha do México no ano passado, é visto como um sinal do interesse da região em evitar disputas como a de 2006 entre Venezuela e Guatemala, que levou à realização de 48 votações e foi resolvida apenas com a aparição do Panamá como candidato de consenso.
A escolha do Brasil para a instância mais poderosa da ONU também é observada como um novo passo na consolidação do país como membro de destaque no cenário internacional.
Há anos, o Brasil trabalha para conquistar um lugar permanente no Conselho de Segurança, mas nem todos os países da região compartilham do empenho brasileiro.

A Assembleia Geral renova anualmente cinco dos dez postos não-permanentes do Conselho de Segurança, que são divididos por regiões entre Europa Ocidental, Europa Oriental, América Latina e Caribe, África e Ásia.
Em 2010, o Conselho de Segurança estará composto pelos seguintes países: Áustria, Japão, México, Turquia e Uganda (que cumprem mandato 2009-2010); Brasil, Bósnia e Herzegovina, Gabão, Líbano e Nigéria (eleitos para o mandato 2010-11), além dos cinco membros permanentes (China, França, Estados Unidos, Reino Unido e Rússia).
O Conselho de Segurança tem a responsabilidade de zelar pela paz e segurança internacionais e o poder de determinar a existência de qualquer ameaça à paz, ruptura da paz ou ato de agressão.
De acordo com a assessoria de imprensa do Itamaraty, as prioridades do Brasil como membro eleito do Conselho de Segurança incluem a estabilidade no Haiti, a situação na Guiné-Bissau, a paz no Oriente Médio, os esforços em favor do desarmamento, a promoção do respeito ao Direito Internacional Humanitário, a evolução das operações de manutenção da paz e a promoção de um enfoque que articule a defesa da segurança com a promoção do desenvolvimento socioeconômico.
O Brasil foi membro do Conselho de Segurança em 1946-47, 1951-52, 1954-55, 1963-64, 1967-68, 1988-89, 1993-94, 1998-99 e 2004-05.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Entrevista da governadora Ana Júlia no Programa Roda Viva

Da Redação
Secretaria de Comunicação

Governadora diz que investe para manter a integridade territorial do Pará

A governadora Ana Júlia Carepa (PT) falou ontem à noite, no programa Roda Viva da TV Cultura. Impeachment, kits escolares, nepotismo, Eldorado de Carajás, Abaetetuba, foram alguns dos temas abordados durante a entrevista. Ana Júlia respondeu a todas as perguntas de forma precisa e destacou os investimentos que vêm sendo feitos em seu governo, como a promissora siderúrgica de Marabá.

Sob o comando do jornalista Heródoto Barbeiro, participaram como debatedores a repórter especial da Folha de São Paulo Catia Seabra; o diretor de mídia da América Latina do Portal Terra, Antônio Prada; o jornalista Palmério Dória e o editor assistente de Brasil da Revista Época, Ricardo Mendonça.

Ana Júlia atribuiu as reivindicações separatistas aos anos de ausência de políticas públicas para o interior do Estado, mas frisou que seu governo tem investido na descentralização administrativa e em todas as regiões do Estado . "Fui eleita pelos 143 municípios e gostaria de continuar governando os 143 municípios". Durante a exibição do programa foi feita uma enquete sobre a proposta de divisão territorial do Pará, que apontou 52,5% dos participantes contra.

Sobre os kits escolares, a governadora disse que eles resolveram o problema de muitas famílias que não podiam comprar uniforme para todos os filhos e garantiu que o programa vai continuar e que o governo fará licitação específica para o programa.

Mesmo com o corte de R$ 3 bilhões que a mineradora Vale fez em investimentos, Ana Júlia garantiu, por meio de termo de cooperação, que a empresa construa a siderúrgica de Marabá, no sudeste do Estado. Ana Júlia disse que a crise que afetou não só o Pará, mas todos os Estados brasileiros, é uma crise externa. "E o Pará como exportador de matéria-prima, especialmente minérios, é claro que também sofreu essa crise".

Questionada sobre nepotismo, a governadora afirmou que recebeu do Ministério Público Estadual um documento parabenizando o governo como parceiro no combate ao nepotismo. "Guardo com muito orgulho esse documento e posso enviá-lo a vocês", disse a governadora aos jornalistas.

Ana Júlia classificou como "lamentável" o fato de uma adolescente ter sido presa em uma cela com mais de 20 homens em Abaetetuba e atribuiu o fato aos anos sem investimento em segurança pública. Ela disse que já reformou mais de 50 delegacias e equipou os órgãos de segurança pública. Foram mais de 600 viaturas e concursos para suprir a defasagem de pessoal. "Mais de 90% das delegacias estavam em péssimo estado, quase todas sem condições de receber mulheres e até adolescentes que, em municípios onde não há órgão especializado, têm que ficar na delegacia até serem transferidos".

Sobre a morte de bebês na Santa Casa, a governadora informou que o seu governo já inaugurou uma UTI Neonatal com o dobro da capacidade anterior, uma UTI adulta e um centro obstétrico onde mulheres podem fazer exames de alta complexidade. Um novo hospital está sendo construído, com mais 180 leitos.

Ana Júlia falou sobre o estremecimento com o PMDB como algo que faz parte da vida política. "O PMDB é um grande partido que faz parte da base governista e temos interesse em mantê-lo como nosso aliado... O governo do Pará é um governo de coalizão, não é possível governar de outra forma".

A questão da regularização fundiária também entrou em foco. Apontado como o estado que mais desmata, Ana Júlia ressaltou que o Pará é também o que mais implementa políticas de combate ao desflorestamento. Como exemplo a governadora citou o programa 1 Bilhão de Árvores para a Amazônia, que é um programa de recomposição florestal, ou seja, os proprietários de terra terão que plantar espécies da floresta nativa para recompor a reserva legal que já foi desmatada.

A governadora citou o massacre de Eldorados dos Carajás, episódio ocorrido durante o governo tucano, para frisar que os conflitos agrários são resolvidos com regularização fundiária e políticas de desenvolvimento para a agricultura familiar. "Já distribuímos quase 200 patrulhas mecanizadas e em Tailândia, por exemplo, fizemos a mecanização de uma fábrica de beneficiamento de castanha. Centenas de pessoas já foram beneficiadas por programas como este em todo o estado", afirmou.

A implantação dos Parques Tecnológicos também foi citada. A governadora informou que no Parque Tecnológico do Guamá, construído em Belém, haverá um laboratório para garantir a eficiência do alumínio e outro para melhorar a qualidade do leite.

Ana Júlia destacou a importância do desmatamento zero na pecuária e em como a pecuária pode ser intensiva ao invés da extensiva. E falou de outras possibilidades. "Os pecuaristas podem até mudar para outras atividades. O Pará já é o segundo produtor de pescado do Brasil", disse a governadora.

Secom

sábado, 10 de outubro de 2009

Governo Federal já concluiu mais de 900 obras do PAC

No 8º balanço realizado para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), divulgado nesta quinta-feira (8), aponta que 39% das obras monitoradas estão concluídas, de acordo com levantamento feito em agosto deste ano. São mais de 900 ações do programa já concluídas pelo governo federal.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, 52% das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) estão com o andamento dentro do cronograma previsto pelo governo. Outras 7% das obras estão em situação de atenção e 2% em estágio preocupante. O restante (39%) das 2.393 ações monitoradas já foram concluídas.

Governadora sanciona Lei da Economia Solidária

Repasso aqui a informação vinda da assessoria de comunicação da deputada estadual do Partido dos Trabalhadores, Bernadete Ten Caten, que trata de economia solidária.

A governadora Ana Júlia Carepa sancionou a Lei nº 7.309, de seis de outubro de 2009, de autoria da deputada estadual Bernadete ten Caten (PT), que institui a Política Estadual de Fomento à Economia Popular e Solidária no Pará. No Pará, milhares de pessoas e, especialmente famílias, atuam nesse modelo de trabalho, caracterizado pela organização em cooperativas e associações ou na atuação em rede para a geração de produtos e serviços. A lei foi aprovada pela unanimidade dos deputados, no último dia 1º de setembro, e publicada no Diário Oficial do Estado desta quinta-feira, 8 de outubro.

A economia popular e solidária é uma alternativa ao desemprego. Os empreendimentos dessa natureza são definidos pela autogestão, pela divisão igualitária do lucro e pela participação democrática e solidária de todos os seus integrantes, com vistas ao desenvolvimento local integrado e sustentável, do respeito ao equilíbrio dos ecossistemas, da valorização do ser humano e do trabalho e do estabelecimento de relações igualitárias entre homens e mulheres. Um exemplo de economia popular e solidária é a cooperativa de trabalhadores que atua no Mercado de São Brás, em Belém. O empreendimento administra um bar no local e ainda presta serviços gerais e produz marmitas.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Entrevista de Cláudio Putty ao blog A Perereca da Vizinha

Li ontem (08/10/2009), no Blog A Perereca da Vizinha, uma entrevista do Chefe da Casa Civil do Governo Ana Júlia, Cláudio Putty, em que ele dá uma panorâmica geral das açoes de governo e rebate algumas críticas da oposição. Reproduzimos algumas passagens dessa entrevista para que possamos tirar algumas dúvidas.

Por que é que o PMDB reclama tanto do governo, e especialmente da DS?
Cláudio Puty: Na minha interpretação, parte da tensão com o PMDB está associada à indefinição do cenário do ano que vem. Não é só aqui no Pará: em vários estados da Federação – no Mato Grosso, o André Puccinelli (governador de MS) acabou de ter uma crise com o Zeca do PT; tem problemas na Bahia, do Jaques Wagner (governador) com o Geddel Vieira (ministro da Integração Nacional). Então, o fato de termos tensionamentos com o PMDB, que é o maior partido da coligação que elegeu Lula, em vários lugares, demonstra que existe um fator geral; que não é só um problema localizado.

Por que é tão difícil a convivência entre o PT e o PMDB?

Cláudio Puty: Olha, não acho que seja difícil a convivência. Nós queremos o PMDB aliado, queremos que esteja na chapa de reeleição da Ana Júlia. A posição do PT é a de apoiar um candidato do PMDB para o Senado, aqui no Pará. Essa é uma decisão de diretório – não estou falando como membro do governo, mas, como petista – votada por unanimidade, sem problema algum. Então, isso demonstra que não há dificuldade fundamental na relação com eles. O que tivemos foi um problema de gestão, que tivemos, também, com forças do PT, inclusive da DS. Tivemos diversos problemas, mas, essas coisas são corrigidas. O problema é quando se associam correções na gestão – você tem de trocar uma pessoa aqui, né?, que nós avaliamos que não está dando conta do recado; ou teve problema aqui e acolá e troca aqui e acolá; isso aconteceu com muita gente do PT...

Vocês ofereceram o Senado ao PMDB. E a vice-governadoria?

Cláudio Puty: A vice não entrou na discussão entre o PT e o PMDB. O que acenamos para eles é que a vice seria ofertada a um partido do bloco PR/PTB.

Como é que vocês analisam o tucanato?

Cláudio Puty: O governo do PSDB foi um governo centralizado na capital e um governo que, ao se deparar com a complexidade dos problemas na saúde, na educação, na segurança, resolveu fazer o mais simples, a partir de obras vistosas – o que não se pode dizer que seja uma coisa pouco inteligente; é uma coisa muito inteligente, só que não muda o estado. Então, em vez de enfrentar os problemas da municipalização da saúde, os problemas da saúde básica, preferiram construir hospitais de média e alta complexidade nas regiões - mesmo sabendo que a manutenção desses hospitais, por ano, seria mais cara até que a sua construção – em vez de empreender o processo, que é muito mais difícil, muito mais complicado, de fortalecimento da saúde básica. É isso que nos diferencia. Em todas as áreas você acha esse padrão pragmático/centralizador. Um padrão que funciona muito bem para as eleições, tanto que ganharam duas e disputaram a terceira. Mas, como eu disse, não resolve os problemas do povo. Daí a eleição da Ana Júlia. Eu poderia falar de várias outras características, mas acho que essa é a que simplifica mais.

É por isso que a Ana está patinando nas pesquisas, que se diz que ela não tem obras, por causa dessa opção por obras de base, em detrimento daquelas de maior visibilidade eleitoral?

Cláudio Puty: Olha, ainda é muito cedo para julgar o governo, porque o governo não acabou, muita coisa vai começar a ser inaugurada agora. Há pouco entregamos algumas casas, já na primeira obra do PAC, no Fé em Deus, aqui na Augusto Montenegro - e é impressionante você ver como era e como está ficando. A mesma coisa você vai ver se for ao Tucunduba. Então, muita coisa vai ocorrer – e a percepção pública de um governo muda muito a partir do momento em que as obras vão maturando. Então, nada mais falso do que dizer que é um governo sem obras. É um governo, obviamente, com obras distintas: vamos fazer cinco vezes mais habitação popular do que o governo Jatene. Em termos de ligações de água, a Cosanpa administrou, até o início deste governo, 400 mil e nós vamos fazer, só neste governo, 200 mil ligações – é a nossa meta, com o PAC, com outras ações de saneamento. Tudo isso é obra. Obviamente, não teve Mangal das Garças, nem Estação das Docas, nem outras obras desse tipo, de caráter mais pontual.

Mas essas obras não estruturam o estado economicamente? Não ajudam, também, a atrair dinheiro, a gerar empregos e a impactar a qualidade de vida das pessoas?

Cláudio Puty: Olha, eu não vou entrar no... Usei esses exemplos de obras não para dizer... – não me leve a mal, digamos assim – fazer discurso contra a Estação das Docas, porque acho que isso é um negócio meio, né?, que não ajuda muito. Eu tenho a minha opinião: acho que não estrutura nada; acho que não estrutura coisíssima nenhuma, porque o nosso turismo aqui tem um perfil de turismo de negócios e não é atraído por esse tipo de empreendimento. O que nos estrutura, obviamente, é saneamento, é transporte, é regularização fundiária, é industrialização. Isso sim estrutura. Mas, é a nossa opinião em relação a isso. Então, respondendo: temos muitas obras e elas são de diferente qualidade e característica, a partir de uma visão do que nós achamos que seja estruturante para o estado do Pará, a partir de indicadores sócio-econômicos, a partir da necessidade de distribuirmos o desenvolvimento entre as regiões do estado, e a partir da oportunidade histórica que tivemos de contar com o Governo Federal, que tem sido muito comprometido com obras estruturantes nas áreas de saneamento e habitação e com obras estruturantes na região amazônica – como é o caso do asfaltamento da Transamazônica, com a BR-316, as eclusas de Tucuruí, que estavam aí num vai-não-vai desde 1980 e que vão ser inauguradas em março do ano que vem... Enfim: são obras de característica distinta, distribuídas no estado e, essas sim, estruturantes.
Mas, em 2007, os investimentos caíram a menos da metade de 2006, e em 2008 o investimento foi igual ao de 2006. Separando investimento de custeio, não houve uma queda dos recursos próprios que o Pará investe?

Cláudio Puty: O que nós fizemos foi o seguinte: mudamos o padrão do uso dos recursos. Em vez, por exemplo, da obra em convênio com o prefeito para asfaltar – que é o tipo de obra de caráter eleitoreiro, que dura uma eleição – nós fizemos coisas que não são consideradas investimento. Fizemos Bolsa-Trabalho – são 45 mil bolsas e isso vai para a rubrica custeio (ODC, Outras Despesas em Custeio). Fizemos coisas como o Pró-Jovem, que são 8.500 bolsas para estudantes que não concluíram o ensino fundamental - e isso também não é contabilizado como investimento, porque não é obra. Fizemos concurso público para cerca de 20 mil funcionários públicos; demos os maiores aumentos salariais do país; criamos uma estrutura mais presente do Estado nos municípios paraenses. Então, isso não é considerado, não é contabilizado...

E por falar em Cláudio Putty...

Ouvi hoje de manhã no Programa Jefferson Lima da Rádio Rauland que Cláudio Puty dará entrevista para informar aos ouvintes sobre as ações que o governo petista tem executado no Estado do Pará nesses 3 anos de administração... Não custa nada acompanhar nessa terça-feira, dia 13 de outubro, acredito que mais ou menos umas 8 horas da manhã.
Aproveitando o ensejo... esse mesmo radialista, ao que parece, deve ter se filiado recentemente ao PP (Partido Progressista), o mesmo do Deputado Federal Gerson Peres, um dos líderes dessa sigla partidária.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Mutirão da Cidadania com a Governadora

A governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, nesse último dia 7, participou do Mutirão da Cidadania no bairro do Jurunas que recebeu a rede de serviços sociais.

Segundo o site do Governo, os moradores tiveram à sua disposição 47 órgãos do estado para emissão de documentos, ações de educação, consultas médicas com entrega de óculos, distribuição de medicamentos e regularização fundiária urbana.

Além disso, a juventude do Jurunas ainda recebeu um infocentro do Navegapará, o 13º espaço de acesso comunitário e gratuito à internet na capital, pelo Navegapará, que funcionará no Centro Comunitário São Domingos, beneficiando 3 mil pessoas.

Ana Júlia estará no Programa Roda Viva da TV Cultura

Segunda-feira, dia 12 de outubro, a governadora do Estado do Pará, Ana Júlia Carepa, estará no Programa Roda Viva da Tv Cultura, um dos melhores programas de entrevista do Brasil, a partir das 22:10 com transmissão para todo o Brasil. Creio que será uma boa oportunidade de expor o que o governo petista tem feito por essas bandas daqui. Mas não somente isso, o de fazer o contraponto ao que a mídia local paraense tem tentado fazer que é o de desqualificar o PT.

A SEJPT reúne para a discutir as PPJs do governo Ana Júlia

Hoje, os membros da Secretaria Estadual da JPT (SEJPT-Pa) reuniram-se no Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores para uma discussão acerca das políticas públicas de juventude do governo Ana Júlia, pautando os avanços e os entraves. Estiveram presentes, além de membros da SEJPT, outras lideranças juvenis do Partido. A reunião transcorreu com muita serenidade, não fugindo, porém, as críticas e autocríticas cabíveis a serem feitas ao governo e à própria militância jovem. As forças políticas consensuaram praticamente toda a pauta. Há muito não registrávamos uma discussão tão produtiva e importante quanto esta que ocorreu a partir das 15 horas dessa 5ª feira.

Desta forma, ficou acertada que a JPT vai descer em alguns municípios (nos meses de outubro e novembro deste ano)onde houve as eleições de secretarias municipais de juventude do Partido para compor essas secretarias, mas de também trazer o debate de concepção e funcionamento das mesmas, dando mais vida e dinamicidade e preparando a militância para a disputa eleitoral que se avizinha.

Uma outra pauta discutida foi a respeito de se criar um seminário voltado aos movimentos sociais, a fim de submeter essa discussão de programa de governo petista à a ótica também do movimento social. Essa ideia deve unir a JPT frente aos grandes desafios que ainda temos a superar nesse Estado.

Dessa maneira a juventude do PT reairma sua posição no avanço das PPJs, assim como na política geral, e, da mesma forma, ratifica seu apoio ao governo popular encabeçado aqui no Pará pelo Partido dos Trabalhadores.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Governo fala sobre meia passagem intermunicipal

Um grupo de representantes de entidades estudantis do Pará esteve reunido, na noite desta terça-feira (6), com o secretário-chefe da Casa Civil, Cláudio Puty, para reafirmar a união de esforços pela aprovação, na Assembléia Legislativa do Pará (Alepa), do projeto de lei que garante meia passagem intermunicipal aos estudantes. O projeto 274/2007, de autoria do Executivo, é parte do conjunto de políticas para a juventude do Governo Popular do Pará e tramita na Casa desde 2007. A expectativa é que o projeto entre na pauta de votação no plenário na manhã desta quarta-feira (7).
O secretário Cláudio Puty reiterou às lideranças estudantis que o governo quer ver na pauta o projeto o quanto antes e tem trabalhado para isso desde o início. "O governo cumpriu seu dever, articulou com movimentos sociais e acompanhou o processo no Legislativo. Esperamos agora um resultado vitorioso, que será histórico para o movimento", assegurou.

Nelma Neves, presidente da União Paraense dos Estudantes, destaca que o movimento estudantil participou ativamente da elaboração do projeto junto com o governo e acompanha passo a passo os trâmites no Legislativo, mas lamenta a demora dos parlamentares em garantir mais este direito aos estudantes. "Não é possível esperar mais. Os deputados deveriam ter vergonha desta demora, que demonstra desinteresse com a causa. Durante nosso protesto da semana passada, o deputado Domingos Juvenil prometeu que colocaria na pauta e estamos contando com isso", afirma. Ela destaca que existem dois pontos discordantes para os movimentos e que foram sugeridos pela Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (CFFO).

Também estiveram na reunião representantes da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), União Nacional de Estudantes (UNE), União Metropolitana de Estudantes Secundaristas (Umes) e movimento Pró-meia. Eles garantem que levarão para a porta da Alepa nesta quarta-feira estudantes de Abaetetuba, Santa Izabel do Pará, Castanhal e Vigia.

A proposta do Governo do Estado garante a meia-passagem para estudantes do ensino médio que residam até 100 km do local da escola. Para os estudantes de nível técnico, superior, pós-graduação, a distância chega a 250 km. Em casos acima de 250 km, o aluno tem direito a usar o passe até quatro vezes por mês.

Erika Morhy - Casa Civil da Governadoria

Ana Júlia e Dudu

Boatos dão conta de que o atual prefeito de Belém, Duciomar Costa, vai apoiar a governadora petista Ana Júlia para o governo do Estado. Será? Esperemos para ver esse milagre!
Além de Dudu, parece que a conversa anda acontecendo também com Anivaldo Vale um dos líderes do PR, segundo o Blog do Bacana.

Porrada no ninho tucano paraense

Enquanto os "capas-preta" tucanos travam uma verdadeira pancadaria para a indicação do candidato ao governo do Pará, Ana Júlia come pelas beiradas na busca de partidos que apoiem o PT na campanha de 2010.

A Secretaria Estadual de Juventude do PT Pará reúne nessa 5ª feira

Nessa 5ª feira, dia 8 de outubro de 2009, a partir das 14 horas (no Diretório Estadual) a Secretaria Estadual de Juventude do PT Pará (SEJPT-PA) reúne para discutir as políticas públicas de juventude do governo Ana Júlia. O objetivo é avaliar os avanços e os entraves das PPJs no governo petista paraense. Essa reunião será aberta aos jovens interessados. Momento importante para retomar uma agenda programática.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

O retorno do Blog da JRD

Olá, pessoal!
Depois de algum tempo sem postagens aqui nesse blog, voltamos a dar o nosso "ar da graça". Ficamos contentes pelo retorno e queremos que você nos acompanhem diariamente. A partir de agora outras pessoas postarão: Creuza, Cássio, César (Czar) o Rubens (Camelô) e eu (Michel). Pedimos que postem comentários. Muito obrigado!

A desfragmentação do interesse da juventude pelas lutas sociais

A juventude é um tema cada vez mais presente na sociedade contemporânea, tanto nos espaços acadêmicos de discussão e investigação como nas agendas para o desenvolvimento de políticas públicas. Para começarmos um debate mais amplo é necessário percebermos que a herança social de luta, que recebemos das gerações que nos antecederam e tinham no socialismo o ponto de partida e norteador dos debates, não é mais a força motriz da juventude. E que a exemplo do que foi o movimento político nascido em junho de 1962, denominado AÇÂO POPULAR, resultado da atuação dos militantes estudantis da Juventude Universitária Católica (JUC) e de outras agremiações da Ação Católica, tinha no “socialismo humanista” seu referencial ideológico.

Nos dias de hoje a juventude tem se aglutinado por uma variedade de outros temas e a afinidade se dá através do estilo de vestuário (hip-hop, skate, surf), musica (pagode, country, brega), religião (católico, protestante, afro-religioso), regionalidade, etc... Esta não mais esta atrelada às ideologias político-sociais como em gerações anteriores.

Isto tem sido um dos motivos que tem levado à dispersão da luta cotidiana pela construção de uma sociedade mais “JUSTA E IGUALITARIA”, talvez seja por que nos dias de hoje bandeiras como “luta pela democratização do estado brasileiro”, já tenham sido alcançadas, o que tem levado a juventude, salvo algumas exceções, para um engessamento social. O caminho que temos que seguir é perceber que ainda temos muito a conquistar, seja no campo de políticas sociais ou na busca de uma nova identidade de luta dentro da sociedade. Essa busca tem uma pergunta que deve ser feita: “O que é ser jovem no Brasil hoje?”.

Quando fazemos esta pergunta percebemos que ainda temos muito que avançar, e muito pelo que lutar. O jovem no Brasil sofre uma investida voraz do capitalismo, seja pela falta de empregos e renda, seja através da violência urbana e rural, superlotação dos cárceres que ceifam qualquer chance de reabilitação à vida em sociedade ou pelo processo de marginalização histórico ao qual a juventude foi submetida, vista ainda hoje como uma “fase de irresponsabilidade e de ócio”.

Uma luta que temos que travar em nossa geração é a de tornar o jovem como sujeito ativo do processo político-social do país afim de que seja o proponente de políticas publicas que atue de forma significativa nos movimentos sociais que tenha em seus atos, tanto isolados ou coletivos, o sentimento de mudança e avanço da sociedade Brasileira.