Munidos dessa informação, os representantes e os trabalhadores se encaminharam para a câmara Municipal de Belém, onde foram recebidos pelos vereadores os quais ouviram os representantes (Ray, Raulino e Rubens) que se prontificaram a interceder a favor. O vereador e ex-comandante da Guarda Municipal, Pio Netto, anunciou uma noticia nova: “... Liguei para o secretário Sérgio Pimentel e ele garante oito dias para os trabalhadores buscarem uma solução na esfera judicial...”. O fato é que não existe nenhuma movimentação no processo desde 31/07/09, quando a Juíza Titular – RISOLEIDI MARIA COSTA CUNHA - enviou um documento perguntando se o provocador do processo, Complexo Shopping Iguatemy, ainda tinha interesse em continuar o processo administrativo. Este, até o presente momento nada tinha respondido.
Os representantes e a categoria, municiados desta informação, retornaram a casa do Legislativo Municipal no dia 20/10/09, desta vez, as entidades foram recebidas pelo seu presidente, Walter Arbarge, junto aos demais vereadores da primeira reunião, os quais formam o campo de oposição a atual gestão de Duciomar dentro da Câmara. Ele escutou dos ambulantes a razão pela qual estavam ali, e se predispôs a interceder junto ao seu “... amigo, Prefeito de Belém, Duciomar Costa...” a favor da causa, apesar de não depender dele (Walter Arbarge) a última palavra, falou que iria se empenhar para conseguir o sucesso do impasse e afirmou que até as 12:00 horas da quinta-feira (22/10/09), faria contato com as lideranças da categoria para que fossem comunicadas da posição do Prefeito.
No dia 21/10/09 as 08h30mim, os trabalhadores foram chamados na Casa do Povo, no gabinete do presidente Walter Arbarge, onde receberam a informação que o prefeito Duciomar Costa tinha compreendido e aceitado os argumentos dos trabalhadores apresentados pelo vereador “intercessor”. Os argumentos foram são:
1. A ausência de uma liminar ou ordem judicial que determine a retirada dos ambulantes das vias públicas deixa sobre a responsabilidade única da prefeitura a decisão, uma vez que o executivo por meio da SECON é administradora desta questão;
2. A proposição de “PAZ” entre os Camelôs e a Prefeitura, ou seja, não haverá manifestações que cause transtorno para a população, assim como, concordamos em sair das calçadas em razão do desenvolvimento urbano e, principalmente, para beneficiar a população desta capital - transeuntes;
3. A importância do trabalho como meio de sobrevivência e alternativa de geração de renda e sustentabilidade familiar no que concerne a condições básicas de subsistência e DIGNIDADE DO CIDADÃO;
4. A construção de uma ilha de empreendedorismo em frente a Pátio Belém, com a desapropriação de dois casarões, dando condições de trabalho, venda e comércio;
5. A participação dos trabalhadores na elaboração do projeto de infra-estrutura e atrativos para as ilhas de empreendedorismo.
Contudo, o Prefeito de Belém até que tem a boa vontade de não retirar os trabalhadores das vias publicas, antes de construir espaços para alocá-los, no entanto, ele é cobrado pelos seus apoiadores e colaboradores de campanha... Neste sentido, os “CAMELÔS” esperam ansiosos o desfecho da guerra de Titãs entre empresários lojistas e pretensões políticas de DUDU. Sabemos que a qualquer momento pode ter uma sentença judicial determinado a retirada dos trabalhadores informais, ficando clara a força das elites paraenses nas esferas Executiva e Judiciária, para conseguir implementar suas vontades no contra quem se opõem “doa a quem doer”. Vamos esperar para ver aonde vai chegar os caprichos desta elite abrupta.
Ass. RUBENS CAMELÔ